quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Chuva de Outubro



Mais uma vez aquele homem acordava em uma cama desconhecida, mas desta vez nada rola ou range em ritmo algum. Desta vez a única coisa que podia ser sentida era seu braço direito molhado, embaixo do rosto de uma mulher, da qual apenas meio rosto podia ser visto, num tom azulado graças à treva da quarta iluminada apenas pela luz da lua que atravessava a janela e iluminava a pequena faixa do quarto, da qual parte daquela pessoa fazia parte.
Uma mulher linda, pele branca e macia de cremes e mais cremes. As unhas pretas e grandes, todas roídas e quebradas. Seu cabelo se misturava com as sombras do quarto e apenas os reflexos da luz em suas gentis dobras podiam ser vistas, de tão profundo preto                 que eram naturalmente aquelas madeixas macias e grossas, no bom modo de dizer, como cabelo de orientais.
A lua iluminava aquele canto do quarto onde estava a cama e a chuva lá fora caindo fortemente, podia ser vista batendo contra a janela e escorrendo, e molhando por sua vez a madeira escura de ébano, a base da janela, e escorria até onde já não dava para se ver, e descia os andares da casa chegando ao chão de terra dos fundos, que exalava aquele cheiro de terra molhada e criava o clima triste que a chuva cria quando assim cai e molha tudo, e no tudo a terra fazendo parte.
O braço por sua vez, estava molhado não pela chuva, mas sim pelas lágrimas que saiam daqueles grandes e belos olhos castanhos, que ficavam esverdeados com o choro, desciam quase sem nenhum atrito pela pele daquela pessoa, e rolavam até o nariz, que era delicado achatado e delicado, sem ponta alguma. Do nariz descia até a boca, rosada, macia e volumosa, dentro da perfeição de uma mulher branca, e tudo se encaixava perfeitamente naquela face, era como o diabo, chorando por ter perdido um de seus contratantes.
A mulher havia perdido o filho, há um mês e meio, e o homem não se dava conta disso, não sabia o que estava acontecendo, apenas começou a acariciar a cabeça dela, que chegou mais perto e então ele sentiu toda aquela pele se encostar-se à sua, e se aquecer e procurar consolo em seus braços, contando o que lhe ocorrera há pouco tempo.
Ainda meio zonzo de toda aquela historia, o homem sai da cama, e vai para o banheiro do quarto. Molha o rosto, e ouve um ranger, diferente de todos já ouvidos. A casa, com partes e acabamentos, de gesso rangia a noite, pois o gesso retraia pela temperatura baixa fazendo aquele barulho. De repente outro barulho. Passos, aproximando-se cada vez mais até chegar. Ela viera para ver o q se passava com ele e buscá-lo para a cama. Ela lhe dera um beijo, para convencê-lo a voltar e mostrar o que esperava dessa vez, ardente e sensual, então o puxou.
Ele acordou no sofá de sua casa, lembrando apenas disso, às 6 horas da tarde em outro dia, outra cidade, outra realidade, mas ainda chovendo e a lua deixando tudo azul. Era outubro, dia primeiro, e ele esperava sua amada em uma semana.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Red Northern

We fill a lots and lots of glasses
with blood and its will be done

Again

This is the old song of north
we'll play this until the end of times
Till Death

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Grunge Relapse

I didn't mentioned how much my gastric circuit is killing me since long time. Did I?
You know. My instinct amazes me more and more, cause of it's will. This will of die is getting bigger.
They cut my wings out, and now I'm just a man. You know...it's hard...cause I really need to protect someone.
I need, really need a new friend with a ear to lend. I have a lot to say. A lot to give, and to love.
It's getting harder to be ME.
Im really sorry if my instinct trample me, and i go back to there.
Smell me, it's like a Absynthe. I smells good, promise you.
None can understand what that scarttoo means.

Sorry.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Raposa e as Amoras e as Uvas


Uma raposa entrou faminta num terreno onde havia uma amoreira, cheia de amoras maduras, que se penduravam, muito alto,em cima de sua cabeça. A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas amoras, mas, por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las. Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse:

_ Merda, estas são as melhores amoras do mundo.

Então, a raposa tomou outro norte, e achou uma parreira, com uvas não tao belas quanto as amoras, porém, estavam baixas, e então mesmo preferindo as amoras, não mais a elas foi, mas sim às uvas.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Butanum Warm

Warm up, scretched LPs ripping my ears out.
Out of body, of this world, and now i know.
Everything makes sense.

Burning crysis.
Unknowled.

Such great highs, such great lows.
Screaming loops in my head.
And now i see.

Anesthetics, burning ecstasy.
Growling reverberations of every five senses.

Benhighs

There are lights on the floor.
They are blinding us.
We can't smell the fear.
The dark can't scare us.

High we can do it better.
High lights, vultures, crambling.

I can see the danse of the stars.
I can stay high.

Burning heat, dont get up.
Burning cold, cover me.

Echoes of people reflex walking, running, jumping.

Toda proporção traz uma Reação

O tempo quantizado pela disposição dos referenciais, ainda curto, mas o mais prazeroso.
Haverá um tempo em que o tempo se tornará absoluto e ideal, e nada irá atrapalhar o caminho dos fatos.
.
A multiplicidade coletiva dos fatos remete a duas ou mais histórias sobre o mesmo evento, na visão de dois ou mais observadores.
.
Como pode o a luz ser quântica e ambígua?
.

Sublimação

De repente quando voce repara
Nada mais está lá

Todo sólido se foi
Parece que nunca existiu

Aos ares espalhado
Seco, sem uma gota derramar

Assim é e foi
Sempre será

A mais egoista existência é essa
Dos que sublimam, e não deixam rastro

(Você é essa naftalina toda)